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PROMOÇÃO DA CULTURA E CONVIVÊNCIA DEMOCRÁTICA
O contexto de calamidade e crises sanitária, política, econômica e social tornaram ainda maiores os desafios para o aprofundamento da cultura democrática no Brasil. Entre ataques à imprensa, perseguição a vozes dissonantes, negação da ciência, intensificação dos processos de desinformação, descaso com a vida e tantas outras condutas antidemocráticas protagonizadas pelo próprio governo federal, esta rede trabalhou arduamente para produzir e disseminar reflexões plurais sobre os princípios e valores de uma convivência democrática. Este foi também um ano eleitoral, marcado por um dos processos mais desafiadores da história democrática brasileira em razão do contexto pandêmico. A rede do Pacto atuou de maneira cuidadosa e contundente para tentar garantir um processo eleitoral seguro, participativo e democrático, mesmo frente aos limites impostos pela necessidade de isolamento social e das adaptações nada triviais pelas quais todas as etapas do processo eleitoral tiveram de passar.
DIÁLOGOS DEMOCRÁTICOS
Em 2020, realizamos três edições do nosso projeto "Diálogos Democráticos": uma série de debates (veiculados em nosso canal no YouTube devido à pandemia) com o objetivo de aprofundar reflexões sobre o atual contexto político e suas implicações para a democracia no Brasil. A pandemia de Covid-19 aprofundou a crise democrática que temos enfrentado nos últimos anos. O presidente Jair Bolsonaro passou a atacar aberta e cotidianamente as instituições brasileiras, a imprensa e os princípios constitucionais, criando um cenário político extremamente instável e crítico. Diante desse quadro, lançamos esses diálogos sob o tema “Democracia: e agora?”, com o objetivo de reunir representantes de diferentes setores da sociedade para debater saídas para a crise democrática brasileira. O primeiro reuniu representantes de destaque da sociedade civil; para o segundo evento, conseguimos promover um debate entre cinco parlamentares (da direita à esquerda); e o terceiro diálogo foi focado em jornalistas relevantes de veículos da mídia tradicional e alternativa.
Democracia: E agora? | Sociedade Civil, com Douglas Belchior (Coalizão Negra por Direitos), Ilona Szabó (Instituto Igarapé), Nicole Verillo (Transparência Internacional Brasil), Marcos Nobre (Cebrap) e Maria Sylvia (Geledés Instituto da Mulher Negra).
Democracia: E agora? | Poder Legislativo - com Orlando Silva (PCdoB/SP), Tabata Amaral (PDT/SP), Marcelo Calero (CIDADANIA/RJ), Lídice da Mata (PSB/BA) e Fabio Ostermann (NOVO/RS).
Democracia: E agora? | Imprensa - com Cecília Olliveira (The Intercept Brasil), Reinaldo Azevedo (Rádio BandNews FM e Folha de S.Paulo) e Carol Pires (The New York Times e Revista Época).
VIRADA DA DEMOCRACIA
Nos dias 4 e 5 de julho realizamos, no âmbito da campanha Brasil pela Democracia e pela Vida, este festival de lives simultâneas sobre temas diversos ligados à democracia. Foram mais de 50 atividades, assistidas por 23,7 mil pessoas. O site do evento foi acessado por quase 20 mil pessoas de todo o país. Nas mídias sociais a ação mobilizou 134 mil interações no Twitter, 76 mil interações no Instagram e quase 10 mil pessoas alcançadas no Facebook.
https://www.brasilpelademocracia.org.br/virada-da-democracia
DEMOCRACIA VIVE
A Live Democracia Vive foi construída de forma conjunta por uma centena de entidades nacionais, centrais sindicais, frentes populares e organizações da sociedade civil e foi ao ar no dia 13 de setembro de 2020. Com uma programação de cinco horas de duração, artistas, jornalistas, pesquisadores, atletas, influenciadores digitais e lideranças sociais abordaram temas importantes sobre o contexto de aguda crise sanitária e democrática em curso. A programação misturava conteúdo e música, com a apresentação de artistas como Elza Soares, Lulu Santos, Fafá de Belém e muitos outros. A live foi assistida por mais de 151 mil pessoas, tendo sido compartilhada por mais de 40 diferentes páginas no Facebook e seis no Youtube, além de ter sido destaque nos principais jornais do país.
CONVERSAS ELEITORAIS
Realizado em parceria com o Despolarize, o projeto Conversas Eleitorais envolveu uma breve formação de lideranças sociais em métodos de diálogo e polarização para que, em seguida, pudessem promover encontros entre cidadãos e cidadãs com perspectivas e visões diversas, com o intuito de debater temas relevantes acerca do contexto eleitoral em seus territórios. O grande objetivo da iniciativa foi contribuir para o fortalecimento do ambiente democrático em meio às eleições municipais por meio do aprimoramento da capacidade dialógica em um dos momentos em que a polarização e a intolerância costumam recrudescer. Realizamos um chamado aberto para todo o país, a partir do qual selecionamos 80 participantes das cinco regiões brasileiras. O grupo passou por uma oficina sobre os riscos e ameaças da polarização extrema para a convivência democrática e, em seguida, foram estimulados a promover conversas eleitorais em suas redes.
CAMPANHA VOTE!
Ainda que o voto seja obrigatório no Brasil, a pandemia de Covid-19 trouxe grandes preocupações a respeito do aumento expressivo da abstenção eleitoral no pleito municipal de 2020, enfraquecendo ainda mais a legitimidade do processo em um momento em que as eleições vêm sendo colocadas frequentemente sob suspeição pelo chefe do Executivo nacional. Assim, reunimos dezenas de organizações sociais da rede do Pacto, articuladas na campanha "Eleições Seguras: democracia é atividade essencial", e lançamos a campanha "Vote!". Reconhecendo a gravidade da pandemia, a campanha afirmava que a democracia deveria ser vista como uma atividade essencial e reforçava a importância de respeitar os protocolos determinados pelo Tribunal Superior Eleitoral do Brasil para o voto. Produzimos e distribuímos para cidadãos, ativistas e grandes influenciadores digitais milhares de máscaras com a chamada VOTE para que pudessem usá-la e postar fotos nas redes sociais para divulgar a chamada. A campanha atingiu centenas de milhares de eleitores pela internet e, embora não tenha impedido o maior índice de abstenção de nossa história democrática recente, este foi bem abaixo do esperado (cerca de 23% no primeiro turno e 30% no segundo). Entre os influenciadores que participaram da campanha estão: Astrid Fontenelle, Carol Navarro, Eduardo Moreira, Fabio Porchat, João Vicente, Lilia Schwacz, Marcelo Rocha, Thiago Amparo e Pedro Borges.
Site da campanha: www.vote2020.org.br
NEWSLETTER DO PACTO
Pelo terceiro ano a Newsletter do Pacto manteve sua missão de semanalmente disseminar para dezenas de milhares de pessoas uma curadoria qualificada de conteúdos relevantes para se informar, refletir e mobilizar acerca do conturbado contexto político-democrático brasileiro. Enviada para um público extremamente diverso, nossa newsletter chegou à marca de 100 edições em 2020. Só este ano foram 49 edições repletas de artigos, reportagens, entrevistas, pesquisas, podcasts, além de iniciativas importantes iniciativas da sociedade civil nas mais variadas agendas e em defesa da democracia divulgadas ao grande público.
Além do e-mail, o conteúdo das newsletters passou também a ser enviado via WhatsApp, ferramenta que vem ganhando cada vez mais importância nas dinâmicas informacionais no Brasil, para um público de cerca de 1.600 assinantes. Todas as edições podem ser acessadas no site:
MÍDIAS SOCIAIS
O Pacto está presente também nas principais mídias sociais. No Instagram, ultrapassamos em 2020 a marca de dez mil seguidores, possibilitando que nossa conta pudesse incluir links em cada um dos stories. Hoje, com mais de 12 mil seguidores, produzimos conteúdos em formatos exclusivos para a plataforma, aumentando o alcance de campanhas e notas públicas.
O Twitter passou a ter papel estratégico em nossas ações de comunicação. Criamos uma thread com todos os ataques à democracia (catalogados no Diário de Ataques), organizamos em listas as contas de organizações e pessoas que integram a nossa rede, além de estruturar um grupo com mais de 100 membros focado na ação conjunta de iniciativas dentro da plataforma. Com pouco mais de 6 mil seguidores, as publicações envolvendo posicionamentos e campanhas tiveram um alto engajamento durante o ano.
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